20 fevereiro 2015

Vértices


Falham as palavras de gratidão.

Estão guardadas no coração.

Absorvem-se no brilho do olhar, resplandecente e delicado.

Entorpe-se a voz, embargada pela vida,

que sempre continua…

Encolhe-se o medo e a fraqueza.

A inconstância susteve-se.

O diário escreve-se com nova cor.

As páginas caídas rasgaram um tempo sem futuro.

Mergulharam nas páginas da história que, submersas, se decompuseram.

Já não há tempo para páginas soltas.

Nem notas de rodapé.

Vêem-se as gordas, que enchem o olho.

Abandonam-se as que nada dizem…

A memória está mais ávida e selectiva que nunca.

Venham as energias divinas… cubram-se de assertividade…

Que as verdades sejam puras

E as almas generosas…

Num vértice de elevação sublime.