30 novembro 2011

Dizem por aí…!























Começar de novo é ser-se o centro da própria vida. Sem que resultem antagonismos.
É tomar a iniciativa. É iniciar projectos. É fazer novos contactos.
É canalizar da melhor forma os fluxos (em potência) de energia e entusiasmo.
“Não há derrota que derrote quem nasceu para vencer.” L. Ron Hubbard estava certo, ao sublinhá-lo!
“Todos os homens são feitos do mesmo barro, mas não do mesmo molde.” Também este provérbio Mexicano vem demonstrar, claramente os altos e baixos da escalada da vida. Uma montanha, cuja panorâmica pode ser a que quisermos, se nos forçarmos a abrir os olhos para a contemplar.
Viver em angústia não é viver… Por isso, confia-se em última instância no futuro…
Novas tomadas de consciência, testes aos níveis de tolerância e corações limpos… Precisam-se!
Quanto ao resto, como diria alguém, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz e sobreviver!
Quantas vezes se poupa nas palavras, mas ainda assim, não se poupou na voz?
Quantos se darão conta que o presente tem a ilusória duração do instante em que cobardemente passa? (Parafraseando Mario Quintanatwi em “A idade de ser feliz”…)
Se as pessoas arranjam todos os dias o cabelo, porque não o coração? (Provérbio Chinês)
Talvez seja este um momento privilegiado para rever prioridades e, alterar rotas, se necessário.
Afinal, temos ao nosso dispor a energia necessária para alcançar tudo o que mais desejamos.
Como? Terminando processos.

José S., aparece mais vezes!


















Apetecia-me passar a tarde com o José Saramago, ele ao almoço começou a contar-me “As pequenas memórias”… E não é todos os dias que ele se disponibiliza a este nível… Mas só damos conta que o tempo é curto quando não o vemos passar… E, devo confidenciar que esse sentimento é uma imperecível delícia.
Para que se inventaram os horários de trabalho fixos? Fazia-se uma pausa maior, e seguidamente o trabalho fluiria bem melhor, com produtividade ao mais alto nível. Além de que não é um escritor qualquer! Eventualmente, o mau gosto literário podia ser factor eliminatório … Também discutível… Porque os gostos são relativos, e tudo o que é editado, a bem dos seus escritores, é suposto ter aceitação junto do público. Entre minorias e maiorias alguém se há-de salvar, esperemos que o ‘ou não’ não seja condição... Até porque pertencer ou não pertencer ao arquivo morto (e enterrado) eis a questão?! É que os conteúdos determinam a afectação a uma crise de cérebros, distracção, mentalidades estupidificadas abruptamente… Ou talvez uma concentração desconcentrada (para redundar tanto para o lado positivo, como para o negativo… Diz que há sempre quem goste!)
Mas voltando àquele pequeno ‘memorial’ envolvente, acho que o que é mais surpreendente não é o retrato das recordações, mas o revisitar de um tempo e de um espaço que juntos parecem horizontes longínquos mas, que estão ‘aqui’ tão perto… Certos momentos parecem amovíveis e desfasados da história, só que acabam por enveredar por um realismo descritivo que tem tanto de notável como de irresistível…
Afinal é o Prémio Nobel e, com a sua longevidade e genialidade traz-me muito mais do que simples e pequenas memórias…
Das veredas às calçadas, dos carreiros à estrada… Qual GPS em plena descoberta do passado… [A invenção GPS de rotas ‘passadas’ seria uma aplicação bem gira para quem quisesse revisitar o passado, no ‘hoje’…] (p. s. – Se já existe, alerto para a minha total ignorância nesta matéria! Ah, e já que a tecnologia de ponta GPS - Sistema de Posicionamento Global - vai a todo o lado, porque não fazer-se um GPS para carteiras de mulher? Ok. Eu paro. Basta de disparatar…)
Saudosismos tolos, bem sei! É que apesar de estar satisfeita com os avanços e o conforto do ‘hoje’, tenho curiosas perguntas sobre os meandros da existência humana no passado…
Bem, lá terei que recorrer à imaginação e projectar algumas ideias. É que os relatos históricos não mencionam certos pormenores passíveis de serem comparados à actualidade. (Manias de jornalista…)

04 novembro 2011

Sem mais delongas

























Captamos os olhares que se cruzam com o nosso, alcançando novas perspectivas. Depois é só aguardar que o encantamento vire epidemia e contagie os que se afigurem por perto…
O momento é de respirar e de irradiar amor. É essa a sensação inesgotável que me encerra…
Somos existências desejadas, seja em presença efectiva, seja em sombra escalonada…
Amar é a melhor manifestação de que estamos mais vivos que nunca.
O amor é tremendamente revigorante e não menos contagioso. [Quanta dependência se cria…] Monitoriza, magnetiza e perturba o mundo, mas dessas perturbações e revoluções sabemos bem, que delas precisamos em série...
Deve ser por isso que não te cansas de correr, de morrer, de renascer e de ser mais real que a vida, ultrapassando o mundo dos sonhos. Fazes-me amar-te todos os dias um pouco mais. És um vício que eu não me importo que me contagie visceralmente! Afinal, só somos dependentes de boas tentações...
A Ana Carolina canta em «Entre Nós Dois»: “E cada vez que eu fujo, eu m’ aproximo mais…” E Ana asseguro-lhe que tocou na ferida: xeque-mate!
Tudo o que é errado tem uma maior facilidade e/ou fatalidade de ocorrência. Existiremos sempre predispostos a errar…
“A paixão é a moral da poesia”, e Herberto Helder percebia seriamente do fenómeno.
E, pensar que tudo se tem passado em meros olhares que se cruzam, trespassando-se despreocupadamente e desatinadamente um no outro.
É como se me reencontrasse numa narrativa própria e me reescrevesse encontrando outras formas de linguagem, sendo que o meu único preciosismo seria ir dormir a sonhar... Ser a bela adormecida dos meus contos efabulados.
É o amor. É o amor que nos traz essa paz meticulosa mesmo que só tenhamos lugar para amar, sem sermos amados. É aí que reside o lugar deste mundo. É esse o gelo que é preciso quebrar. Sem quaisquer expectativas… só assim quebraremos o gelo dessa incapacidade para nos metamorfosearmos de seres humanos melhores.
É essa abertura ao novo, que nos assegura a insegurança que somos enquanto seres susceptíveis ao sentimento.
E posso dizer que te amo sempre mais do que as medidas possam quantificar.
Fazes-me feliz em toda a perspectiva incorpórea que sou obrigada a usar de ti.